Descalço. É assim que a gente atravessa as dezenas de quilômetros que compõem o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. A gente se vê tão pequenininho e tão inflexível...

Enquanto a natureza que balança em volta de nós é somente movimento: vento, areia e água. Parece uma dança sem fim e sem rastro. Uma mistura repetitiva de azuis e beges. De repente, vegeteção. De longe parece pequeno e, de perto, parece gigante.

[o·á·sis] terreno fértil suprido com água subterrânea e coberto de vegetação, no meio de um deserto.

É lá. São nesses oásis que estão guardadas as grandes preciosidades, protegidas por dunas e lagos sem fim. As comunidades e famílias que vivem de maneira ímpar. Lá aonde mora essa gente, mora a riqueza e a sabedoria. É lá que o horizonte muda de forma todas as manhãs, dando piruetas com o vento. A noite, quando já não tem mais luz acesa, o céu prega peça nos nossos olhos e pinta as estrelas até abaixo da linha do horizonte.